Não poderia deixar de registrar...
De fotografar....
De eternizar nas imagens de felicidade
Esse momento que ultrapasso, mais uma idade
Mais que uma idade...um retorno
Um regresso....de progresso...
Sob teu manto...teu entorno...
Uma conquista bilateral...
Uma mágica real
Um encaixe pacífico....de calmas
E almas....um bem arretado
Como remédio que age com resultado
Dando sustância, rutilância....
Como o primeiro amor de uma criança...

_________________________________________________
A bala de tua expressão
Abalou a emoção
Cravou firme a tentação
Veio como um furacão a tua declaração
E o poeta louco na desilusão
Assusta falando em nova paixão
Mas é o tempero das tuas palavras de sedução.
_______________________________________________

Lábios de fogo
desejo ardente e novo
encosto gostoso
irmã, arderente e louco
repouso em chamas
que avança
com a bandeira da esperança
façanha que torna-me criança
foco de gira-vida
de bruxa bendita.


__________________________________________________________
acordei com o corpo frio
com os passos retardados
com o juízo perturbado
acordei sozinho
sem rumo, sem caminho
só com as lembranças
do teu último carinho.



As palavras abanam a alma
Dão segurança e calma
Dizem que elas têm poder de convencer
Sagradas palavras
São aquelas que agradam
Que abalam
São tuas balas
Que assopram a (minha) alma.

_______________________________________________________
Devo ajuntar cada misterioso verso
Remontar cada palavra que confesso
E publicar cada magia do teu universo
Rodopiar neste mundo que te peço
Pele, encanto, confluente diverso
É o apelo dos nossos versos.

________________________________________________
É novo
Esse jeito
De mulher menina
Tem algo que alucina
Que anima
Saio da linha
Pra cair nas teias
Quem sabe teias finas
Desta menina que fascina.
_____________________________________________________________

Poeta "esse bicho louco"
apaixonado de novo
apaixonado com tão pouco
é mesmo louco
o poeta não está morto
acordou num sonho gostoso
desses atípicos
realmente louco.

Eternamente vivo a finidade deste instante
Eis o motivo
Da pressa constante
O veneno da morte
Pode ser próximo
Ou distante
Não sei se é terra ou diamante
Quero tê-la perto
Como camarada e amante.
Construir dos nossos encontros um castelo
Vermelho, azul e amarelo.
Com braços de martelo
Ergui a torre e o elo
Com os pés macios de cogumelo
Caminho entorpecido
Até os céus
Erguendo essa torre de babel.
____________________________________________________


Neste momento queria ser o lápis de teu pensamento
Pra rascunhar todo sentimento
Descrever a imagem ampliada
De um curto bom momento
E rasurar todo tormento
Ah, sendo lápis neste momento.
Seria teu próprio fogo
Sem nenhum lamento.
______________________________________________________



Você comanda
Com esse cheiro de rosa que encanta
Com esse gosto de mel, que fisga
Você desmanda
Desmancha-me
Você anda intensamente nos meus caminhos
Você é a banda
Que tem a sintonia da brisa e da dança.

Encontrei-me no chão
Aos toques dos teus pés
Cheios de vibração
Mas queria mais
Mais emoção
E a correspondência de tuas mãos
Mas você se foi com a força de um trovão
Deixando saudade e tentação.
____________________________________________________________


A língua dos teus olhos
Entrega confidências
Só mesmo muita persistência
Ou ciência
Para entender o receio da confluência
Neste antigo jogo de paciência.

____________________________________________________________
Entre o desejo e a possibilidade
Existe um caminho
Mas seria melhor dois corpos
Logo encaixados
Preso na possibilidade
E engatados no desejo consagrado
De serem amados.


Um botão parido
Desse feito canção
Dessas que brotam facilmente
No jardim de qualquer emoção
Queria mesmo um botão
Pequenino ou maior quer a devoção
Não me servem esses das rosas
Das vestes
Da televisão
Esses não controlam a paixão
E o bicho bom chamado tesão
Enquanto não existe botão
Fico te amando na solidão
E sonhando ilusão
Mas mesmo sem botão
Haverá outra solução
Prá esse danado, teimoso
Que vem como o cão
Chamado paixão.

Nos lábios brilhantes
Iguais a diamantes
Façamo-nos amantes
Nesta ânsia gritante
Deste olhar falante
Vamos antes
Que desapareça num instante
Essa vontade tão delirante.
Ainda Sinto a tua presença despida
Fazendo-me companhia
Com uma voz macia
Recompondo fantasia
Fazendo do teu corpo
Meu papel pra uma poesia.