A poesia nasce com o sangue que transborda de um caldeirão mesclado de incógnitas e desejos do cotidiano. Reuniões, encontros e junções de palavras deixam desnudo o corpo da poesia para o registro fotográfico da linguagem. Na Bruxa vamos espantar a nostalgia e se deleitar na cama preenchida por porções misteriosas, retiradas do fogo dos acontecimentos. A Bruxa é uma singela obra desacanhada, movida pelo impulso, pelo tempero, pelo gozo da alma, banhada pelo calor dos que sentem frio no bucho, cortes na fala e embriagues no olhar. Dúvidas e ânsias, erotismo e romantismo vestem a Bruxa contemporânea, queimando as antigas vestes e adereços. Sem nenhuma porção mágica, vassoura voadora, caldeirão ou vestido negro, ela sacode as entranhas da bruxaria lançando provocações.
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